Textos



UM PÊ QUE PÁ DO TEGEBÁ (Out/2018)



É a?, é b?, é c?, é d?

A é b, que é c, e não é d?

Se a é b, é c, e é d,

Pode o ser ser apenas abc?

O que será do f g t b?

E o pê ó pê, para onde irá?

E ainda mais, o que se fará do p q p?


Será, no fim, tudo isso apenas um pé que pá do tegebá?

Ou o só lamento de seu pra lá e do seu prá cá?




UN PÉ QUI PA DU TEGEBÁ

C’est a?, c’est b?, c’est c?, c’est d?

A est b, qui est c, et n’est pas d?

Si a est b, est c, et est d,

Puísse l’etre être à peine abc?

Que sera -t-il du f g t b?

Et le pé du pé, oú ira-t-il?

Et encore plus, que fera-t-on du p q p?

Ce sera, au final, tout ça à peine un pé qui pá du tegebá?

Ou l’unique regret de son là-bas et de son là?

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ACONTECIMENTO E CORPOS

(Texto referente a exposição de Otavio Schipper e Tove Storch na Galeria Anita Schwartz em Janeiro de 2015)

É noite quando chego - adentro - na galeria. O salão é só luz. Só claridade. É manifestação flutuante o que acontece no piso inferior. São faixas de tecido, diáfanas, suavemente estendidas de canto aos cantos, em vários níveis, contornando por encanto quase todo o ambiente. Manchas com aspecto de 'chafé', entornado, amarelado, enferrujado, intercalam as superfícies nos fazendo - suavemente - aterrissar. Retornamos, então, repletos de imaterialidade e quase sem tocar no chão.

Por uma escada de real existência, alcançamos um segundo piso. Em outro espaço, em um outro salão de muita luz, nos confrontamos com corpos materiais que, embora suspensos, parecem cair ao chão. São objetos, são instrumentos óticos intensamente personalizados em suas autonomias maquinais. Se veem, se entreolham, mas também veem que nós os vemos: se veem nos mostrando tudo aquilo que talvez nós, como humanos, não vejamos. Veem uma outra realidade de apenas - e muito mais - sólidos esféricos de dupla face: são as moedas metálicas, prateadas, de pura e imanente materialidade. Em cima da mesa, fotografias antigas, reveladas em delgadas lâminas de vidro, tempos passados retornando ao presente, nos entreabrem um futuro improvável.

Nossos corpos e nossas emoções nos conduzem pela mesma escada, dessa vez para baixo, de onde viemos.

O sentimento é de que vivemos em um sonho. Um sonho que proporciona a possibilidade de nos tornarmos leves, fluidos e assim alcançar um outro estágio: o da corporeidade. Curiosa experiência proporcionada pela arte, a de conseguir inverter as leis pensadas como eternas e universais da física em que os corpos pesados estão sempre 'a-baixo' dos que são mais leves e têm como natureza flutuar.

Enfim, saio, ainda sonolento, ainda é noite.

José Augusto Silveira
23/março/2015

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LUZ E PIGMENTOJosé Augusto Silveira (10/03/15)


Experiência no mínimo bizarra esta da combinação da 'cor pigmento' com a 'cor luz'. Isto é, da combinação da superfície pintada e dos artefatos que emitem a fosforescência do neon. Combinação do pintado ontem com a luz ofuscante do agora.

A luz não mais ilumina a obra, mas faz parte dela. A luz não é mais o que permite a construção do nosso mundo (como no período da pintura impressionista), mas ela faz parte da própria obra. Mistura de artesanato pigmentado com artefato de tecnologia luminosa.

Sem dúvida é uma nova estética, uma nova construção, significando mais uma dobra na perpétua transformação da arte como um instrumento interpretativo do que acontece aqui e agora.

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O ESPAÇO DA ARTE


Arte não se compra, se aprecia.

Arte não se olha, se apropria.

O tempo da arte é Um, é lento.

O tempo da compra é outro, é veloz.

O templo do consumo é o shopping.

O espaço da arte é o sentimento.

José Augusto Silveira, 2014



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O silêncio me fala

Gosto do silêncio. O silêncio me fala. Me fala e muito, ou quase tudo.

A fala do silêncio me faz pensar, imaginar.

O sentimento da fala silenciosa me faz ver, me faz sentir, abre-me para o perceber. Perceber com todo o possível: pelos olhos, pelos ouvidos, pelas narinas, pelas mãos e por tudo o mais, aflorando então do íntimo do ser - poderosamente - o mágico, o sonho, a imaginação.

E é aí, e é assim, quando somos impulsionados (quase obrigados) a nos falar, conseguimos externar das mais variadas formas, usando os mais variados recursos, tudo o que foi produzido por nossa imaginação.

É de uma necessidade enorme, uma verdadeira compulsão, quase uma alucinação. E a essa explosão de sentimentos, damos o nome de intuição artística. É um tempo de verdadeiro tormento, desesperador, que só termina quando a obra de arte é finalmente produzida.


novembro/14

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Arte e indústria cultural

Para mim, a arte é a expressão mais verdadeira e mais essencial da alma humana. Ela transcende o nosso próprio mundo: nos leva a outros mundos, nos revela, nos desencobre do aqui e agora. É nosso espírito em pleno ato de criar.

Por outro lado, a indústria cultural não cria, apenas fabrica: para o uso e para o consumo. A Arte como Arte não pode ser equiparada ao que somente é útil ou até mesmo belo.

Ao contrário, a arte somente é arte quando serve para nos libertar do útil existente em nós mesmos.

Transformar a arte em simples mercadoria é a possibilidade de perdermos nossas almas e nos tornarmos simplesmente coisas e nada mais.

30/jun/14

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Ana Laura e a criatividade infantil, 2014



Pensando no excelente livro "Roube como um artista", sobre criatividade, trazemos aqui uma proposta de releitura/roubo (hihihi !) da pintura que José Augusto fez, baseado na pintura de sua sobrinha Ana Laura de 6 aninhos. 


Na imagem abaixo, a gravura da esquerda é a releitura de José Augusto Silveira. A da esquerda é a da Ana Laura. Agora diga sinceramente: essa menininha tem futuro!

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NIETZCHIANO

Casa de ferreiro – espeto de ferro
Casa de marceneiro – espeto de pau
Casa do diabo – espeto na brasa
Casa de malandro – não tem espeto.

Casa de malandro – sempre se come
Come como o marceneiro
Come mais que o ferreiro
Come como leão.

Não precisa de espeto
Não precisa de nada não-
Usa apenas a esperteza
Os dedos e a palma da mão.


/2014

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CANTO E DANÇO
               
O outro canto
Dança
A outra dança
Canto
Com o outro,
Canto e danço.

/2014

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COMPRAS

Do de dentro nada se cria,
Do de fora tudo se compra,
Assim são almas vazias,
Que tudo compram e nada criam.

/2014

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DAS PESSOAS

Das pessoas tudo ouço,
Tudo com muita atenção.
Ponho tudo em prato fundo,
Não dispenso quase nada:
Nem ponto nem vírgula,
Nem palavras nem mesmo letras,
jogo fora não.

Um dia engulo grandes colheradas
E Faço a digestão
Reciclo quase tudo
Em poesia, versos, canções.


/2014

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Procura-se fora o de dentro
Mas o de dentro não é o de fora
O de fora é muito grande
Mas é menor que o de dentro.

/2014

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LEMINSKI

A letra virou imagem
Imagem de letra é ilusão
Ilusão que virou arte
Letra que virou canção.


/2014

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No Facebook se coloca tudo,
Se compra, se vende, se defende
Coloca-se a vida, a morte
E tudo de tudo.


/2014

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Quando menino era,
Quando homem sou,
Sou homem e menino,
Apaixonado e pintor.


/2014

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SEGREDO DE MÃE

Minha mãe não foi feliz,
Não voou, não sorriu
Procriou mas, não cuidou
Nunca teve um grande amor.

- Mãe.

/2014

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SEGREDO DE PAI

Meu pai pouco viveu
Com pouca idade morreu
Mas para mim,
infelizmente,
apenas morreu.
Pai – Meu.


/2014

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SEGREDO DE TIA

Elisa, tia e mãe de muitos
Elisa, mãe e tia de um só
Às vezes – tia que sorria
Às vezes – mãe que amava
Era tia ou mãe?
Ora mãe, ora tia.
Quem era?
Tia ou mãe?

– Tia Elisa.


/2014

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Eu leio frases que me re-e-voltam
E imagino coisas que não mais voltam
E creio naquilo que agora crio:
Que frio, que frio, que frio.


/2014

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Lendo um livro de poesia, não nos achamos poeta,

já um livro de ciência, nos achamos deuses ou profetas.

O rigor científico revigora o ego;

o cientista e seu ego não param de se elogiar.
Não pensam, experimentam e experimentam sem parar;
Eureca, não percebem que são somente egos,
ecos e egos para se afirmar


/2014

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Enquanto leio, escrevo
Enquanto escrevo não leio
Não leio o que escrevo
Escrevo apenas o que não leio.


/2014

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Fragmentado na vida, assim eu nasci
Tentando o reencontro, assim eu cresci
Subi tantos degraus e muitos outros desci
Mas nessa louca vida, louco vivi.

/2014

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Debaixo de um grosso pano, aí se esconde o engano
E se não tivermos cuidado, logo entramos pelo cano.


/2014

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Bancos que se sentam
Bancos que se assentam
Bancos para dormir.
Especial são os bancos das contas,
Dos cheques especiais.
Neles nada se encontra que nos faça sorrir.
Gerente de banco só ri – da gente.


/2014

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O sistema é nosso padrão
o sistema é nosso patrão
somos apenas mordomos
não somos nossos donos não.

podemos ser nossos donos
podemos não ter patrão
podemos escolher por nós mesmos
não precisamos da mídia não.



/2014

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Amanhecer

Sentado, imagino o céu avioletado.
Cem mil anjos se escondem, Ali.
Ali Babá também é anjo.
Ali, bem onde o céu se avioleta.
Os querubins cantam suas canções.
Os elefantes voam graciosamente confundindo suas trombas com trombetas.
Trombetas que anunciam um novo amanhecer.



/2014

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Café derramado


A mancha de café espraiada no papel é simplesmente sensacional!

É o puro marrom espalhado livremente sobre o branco lustroso.

Entornou, simplesmente entornou, presenteando a imaginação.

Mancha que nos toca, aprofunda-se, nos faz ver um cão.

Visão de cão, cor de café, visão de sombra, de sonho, 
mas que late profundamente em mim.

Ela late, ela bate, bate muito - em mim.

/2014

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Incrível

Nós, quando agredidos, recorremos a um bom advogado para nos defender.

É quase sempre assim: levamos o soco, corremos para o advogado, fazemos o exame de 'Corpo-delito', torcendo para a gravidade das lesões. Abrimos o processo, o juiz decide: que sorte, ganhamos a causa.

Para nossa imensa satisfação, aquele soco transmutou-se em ganho financeiro.

Conclusão: de soco em soco, de processo e processo, podemos até ficar ricos,

/2014

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Arinda

Arinda é uma tia torta.
Não é torta não é linda.
É de uma feiura bela.
É de uma tortura certa.
É de uma certeza própria.
É própria. É certeira.
É Arinda, não é homem, 
também não é mulher.

/2014


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O homem é o fraco, Deus é o forte.
Deus é a causa, o homem a consequência.
o homem e o mal, Deus é o bem.
Deus é o perfeito, o homem o mal-feito.
O homem peca, Deus perdoa.
Deus é o tudo, o homem é o nada.

Não, não é nada disso:
não é ele, somos nós.
É o homem que é tudo isso. 

/2014

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Mora lar na penumbra de uma velhice sem cor.
Volta - lar dos sem-terra, em dor.
Canta - lá, canção triste - cantador.

vida de encanto, por enquanto, sem sabor.
Amêndoa caída, semente doída de sono, sem amor. 

/2014

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Clareira

A cada época - suas clareiras:
a clareira das batalhas
as clareiras das execuções
a clareira do pecado
a clareira do credor
a clareira dos que lucram
a clareira do bondoso
a clareira do conhecedor
e tantas outras.

As clareiras clareiam - são clareiras;
se apagam, se consomem, se surgem, se insurgem
mas sempre e sempre, 
nada mais e nada menos do que clareiras.

/2014

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Mora lar na penumbra
De uma velhice sem cor
Volta – lar sem terra, sempre em dor
Canta – lá a canção triste – cantador
Vida de encanto, por enquanto, sem sabor
Amêndoa caída, semente doída de sono – de amor.

/2014

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Abre na mão um corpo inteiro
Abre no chão um vendaval
Ficha no ar, um só luar
Nasce da vida, morre um senão
Morre do trem, três ou quatro vinténs

Tem sido assim, batido o sino
Tem sido assado, animal dependurado
Nada não tem, tudo não dá
Incerto no certo, está tudo quieto:
A vida, a morte, o mundo, o aberto.

/2014

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O homem é o fraco, Deus é o forte
Deus é a causa, o homem a consequência
O homem é o mal, Deus é o bem
O homem peca, Deus perdoa
Deus é o tudo, o homem é o nada

Não, não é nada disso !!!!
Não é ele, nem mesmo aquele
Nem isso, nem aquilo
É o homem que é tudo isto.

/2014

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MAIS IMAGENS, MENOS PALAVRAS

Fotografamos cada vez mais
Para falarmos cada vez menos.

E isso é bom?

/2014

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Um dia o click-click digital será mais importante
Que o blá-blá-blá de nossas bocas.

Como será o mundo do click-click
Sem o mundo do blá-blá-blá?

Clicar é viver, pensar é não viver.

Click e click, e seja eternamente feliz.

Quem compra todos os seus males espanta.

Quanto mais fácil clicar, tanto mais difícil pensar.

Fácil é deletar, difícil é criar.

Quando se deleta,
Não se preocupe,
Se deleta apenas o nada,
Pois o tudo é impossível deletar.

/2014

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PERCEPÇÃO DOLOROSA

Somos apenas seres medrosos e entediados a fazer exames e mais exames.
Exame de sangue, urina, fezes, dos rins, do fígado, do coração e de muitos outros mais.
Um exame por dia, no mínimo 360 exames por ano.
Um dia chega a morte, nosso exame fatal, inexoravelmente positivo.
Nosso curriculum de vida se completa.
Passamos, assim, para outra etapa, talvez com menos exames e complicações.

Sinceramente, é o que espero.

/2014

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LIQUEFAÇÃO

As águas cristalinas do riacho avermelham-se sanguinolentas esvaindo o meu ser.
Corpo ainda firme, em pé, sustenta-se acorrentado na corrente que escorre, faz barulho e borbulha sem parar.
Ela se esvai, eu fico, apavorado, com medo de me transmutar em líquido róseo escorrento sobre a terra.
Enfim, apenas uma metamorfose liquidante.

/2014

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REAL POLITIK

Ao redor do político, só seus próprios interesses
Próximo a ele, só os que são úteis
Abaixo dele, todos os que não servem mais
Acima dele, apenas ele e nada mais.


/2014

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Chic

O chic e o nada nadam em piscinas vazias de tudo

E transbordantes do nada.

É chic ser chic

É chic ser nada

Tudo que é – é – não é nada,

Não é tudo, apenas é.

Chic.

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Finitude I
Estranha entranha supurada

Anestesiada em dor insuportável

Extrogetante do que nada é,

Do que nada foi,

do que apenas será quando não mais for.

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Finitude II

Sermos apenas o que somos – como?

Como ser o que somos – bebo

Somos o que vivemos – morro

Morrendo, vivo integralmente – vida

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GIRO I

O mundo – um eterno giro

A vida – apenas o girar

A arte – gira a vida, gera o mundo

Os artistas giram – geram e criam ser parar

Gira a vida, gerando a arte

Vamos girar



GIRO II
As normas mofadas nos enfastiam

As normas transgredidas nos renovam

As normas cumpridas – mesmice mesmice mesmice



O mundo gira gerando as normas

As normas geram novas normas:

Sempre sempre e sempre


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SAÚDE E LARANJAS

Fazendo uma analogia natural, comparo o nosso sistema de saúde com duas laranjas apodrecidas. A primeira das laranjas pertence ao sistema de saúde pública, o qual já está falido e completamente apodrecido faz muito tempo.
A segunda, fazendo novamente a analogia com essa saborosa fruta cítrica, corresponde a nosso sistema privado de saúde. Dessa vez, vamos dividi-la em duas bandas, ambas também podres.


A primeira banda consiste nos planos de saúde, completamente insensíveis quanto à realidade financeira de ambos, profissionais e usuários, tendo como objetivo o máximo lucro, utilizando-se do máximo de propaganda (muitas vezes enganosa) e o mínimo de sensibilidade social.

A segunda banda da laranja é constituída pelos profissionais da área de saúde que em diversas situações escorregam eticamente, executando procedimentos geralmente desnecessários, facilitando o uso e o abuso de exames laboratoriais, de imagens e outros. Esses escorregões, que inicialmente o profissional fazia na tentativa de equilibrar o seu orçamento doméstico, aos poucos se tornam um hábito e, de um ato de pura sobrevivência, transformam-se em uma estratégia altamente lucrativa.

O resultado dessa triste realidade é a existência de um sistema de saúde privado, caro, ineficiente e mesma fatal em muitos casos para os usuários.
Agravando a situação ainda mais, esperamos longos períodos para sermos atendidos nas clínicas especializadas para realizar os exames realmente importantes a nossa saúde.

Esperamos semanas ou meses, mas, para o nosso conforto, sentados em poltronas em nossas casas quando fazemos parte da previdência privada. Quando não temos esse relativo privilégio, como usuários da rede pública de saúde, esperamos pacientemente e às vezes extremamente revoltados e cansados nas filas intermináveis na frente dos hospitais do Governo.

Temos de nos conscientizar, refletindo criticamente, e passarmos para ações que possam modificar (e rapidamente) essa situação calamitosa das duas laranjas apodrecidas.


José Augusto Silveira, Dentista, Prof. Universitário e Ex-Pres. PV/Cidade do Rio de Janeiro


28/10/2011

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